CURVA DOS DISJUNTORES O QUE É.

A instalação de um disjuntor é uma questão de segurança, e por se tratar de uma questão de segurança , deve ser levada muito a sério. Conhecer bem as caraterísticas de funcionamento dos componentes elétricos é um diferencial nos profissionais, qualquer eletricista conhece um disjuntor, mas poucos sabem como eles funcionam. Dimensionar um disjuntor e dimensiona-lo corretamente é muito mais delicado do que simplesmente saber qual a corrente do equipamento, circuito ou instalação ao qual se quer proteger. Na verdade, se tem que saber exatamente qual tipo de carga será instalada.



Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para o disjuntor e essas curvas foram separadas em categorias B, C e D.
A curva de ruptura do disjuntor é o tempo em que o disjuntor suporta uma corrente acima da sua corrente nominal por determinado tempo. Além do período de tempo as curvas de rupturas estipulam o quanto maior essas correntes podem ser em relação as correntes nominais. 
Quando se tem uma equipamento muito delicado necessita-se que a interrupção do circuito seja muito rápida, para que o equipamento não seja danificado, em compensação na partida de um motor por exemplo, para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade máxima uma grande corrente é necessária no instante da partida, nestes casos o disjunto tem que suportar a corrente alta durante um período de tempo maior.

Segue abaixo os detalhes e as características das respectivas curvas de um disjuntor.

Curva B

Um disjuntor curva B possui curva de ruptura entre 3 a 5 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30 A, que atuaria a uma corrente entre 90A e 150A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de baixa intensidade (baixa demanda de corrente em caso de curto circuito) ou onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa, como instalações elétricas residenciais, cargas resistivas, tomadas, equipamentos domésticos entre outros.

Curva C

Um disjuntor curva C possui curva de ruptura entre 5 a 10 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30 A, que atuaria a uma corrente entre 150A e 300A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de média intensidade (média demanda de corrente em caso de curto circuito), como ligação de bobinas, motores, sistemas de comando, entre outros.

Curva D

Um disjuntor curva D possui curva de ruptura entre 10 a 20 vezes o valor de corrente nominal, podemos dar como exemplo um disjuntor de 30A, que atuaria a uma corrente entre 300A e 600A.
Estes disjuntores são utilizados em redes de alta intensidade (alta demanda de corrente em caso de curto circuito), transformadores de grande porte ou partida de grandes motores.

Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.