HARMÔNICAS

Com o avanço tecnológico, uma gama cada vez 
maior de aparelhos mais compactos e com 
componentes variados é lançada no mercado. Com 
isso, problemas que antes eram desconhecidos 
apareceram, DISTORÇÕES HARMÔNICAS .


HARMÔNICAS


Dizemos que uma tensão está distorcida quando sua forma de onda, envoltória, não é mais senoidal. Sempre que uma tensão deixa de ser senoidal ocorrem mudanças de comportamento nas instalações elétricas e nos equipamentos consumidores. Quanto mais distorcida a forma de onda mais acentuados serão os efeitos negativos sobre alguns tipos de equipamentos VEJA GRÁFICO NA FIGURA LOGO ABAIXO. O nível de distorção harmônica é medido como uma relação percentual, através de um método matemático complexo que decompõe a forma de onda sob análise em uma somatória de outras ondas, medindo a intensidade individual de cada harmônico e totalizando suas componentes.




































Efeitos de harmônicas em componentes do sistema elétrico

O grau com que harmônicas podem ser toleradas em um sistema de alimentação depende da
susceptibilidade da carga (ou da fonte de potência). Os equipamentos menos sensíveis, geralmente,
são os de aquecimento (carga resistiva), para os quais a forma de onda não é relevante. Os mais
sensíveis são aqueles que, em seu projeto, assumem a existência de uma alimentação senoidal como,
por exemplo, equipamentos de comunicação e processamento de dados. No entanto, mesmo para as
cargas de baixa susceptibilidade, a presença de harmônicas (de tensão ou de corrente) podem ser
prejudiciais, produzindo maiores esforços nos componentes e isolantes.

Motores e geradores

O maior efeito dos harmônicos em máquinas rotativas (indução e síncrona) é o aumento do
aquecimento devido ao aumento das perdas no ferro e no cobre. Afeta-se, assim, sua eficiência e o
torque disponível. Além disso, tem-se um possível aumento do ruído audível, quando comparado
com alimentação senoidal.

Outro fenômeno é a presença de harmônicos no fluxo, produzindo alterações no acionamento, como
componentes de torque que atuam no sentido oposto ao da fundamental, como ocorre com o 5 o , 11o,
17o, etc. harmônicos. Isto significa que tanto o quinto componente, quanto o sétimo induzem uma
sexta harmônica no rotor. O mesmo ocorre com outros pares de componentes.

O sobre-aquecimento que pode ser tolerado depende do tipo de rotor utilizado. Rotores bobinados
são mais seriamente afetados do que os de gaiola. Os de gaiola profunda, por causa do efeito
pelicular, que conduz a condução da corrente para a superfície do condutor em frequências elevadas,
produzem maior elevação de temperatura do que os de gaiola convencional.

O efeito cumulativo do aumento das perdas reflete-se numa diminuição da eficiência e da vida útil da
máquina. A redução na eficiência é indicada na literatura como de 5 a 10% dos valores obtidos com
uma alimentação senoidal. Este fato não se aplica a máquinas projetadas para alimentação a partir de
inversores, mas apenas àquelas de uso em alimentação direta da rede.

Algumas componentes harmônicas, ou pares de componentes (por exemplo, 5 a e 7a, produzindo uma
resultante de 6a harmônica) podem estimular oscilações mecânicas em sistemas turbina-gerador ou
motor-carga, devido a uma potencial excitação de ressonâncias mecânicas. Isto pode levar a
problemas de industriais como, por exemplo, na produção de fios, em que a precisão no acionamento
é elemento fundamental para a qualidade do produto.

Transformadores

Também neste caso tem-se um aumento nas perdas. Harmônicos na tensão aumentam as perdas ferro,
enquanto harmônicos na corrente elevam as perdas cobre. A elevação das perdas cobre deve-se
principalmente ao efeito pelicular, que implica numa redução da área efetivamente condutora à
medida que se eleva a frequência da corrente.

Cabos de alimentação

Em razão do efeito pelicular, que restringe a secção condutora para componentes de freqüência
elevada, também os cabos de alimentação têm um aumento de perdas devido às harmônicas de
corrente. Além disso tem-se o chamado "efeito de proximidade", o qual relaciona um aumento na
resistência do condutor em função do efeito dos campos magnéticos produzidos pelos demais
condutores colocados nas adjacências.


Equipamentos eletrônicos

Alguns equipamentos podem ser muito sensíveis a distorções na forma de onda de tensão. Por
exemplo, se um aparelho utiliza os cruzamento com o zero (ou outros aspectos da onda de tensão)

para realizar alguma ação, distorções na forma de onda podem alterar, ou mesmo inviabilizar, seu
funcionamento.

Caso as harmônicas penetrem na alimentação do equipamento por meio de acoplamentos indutivos e
capacitivos (que se tornam mais efetivos com a aumento da freqüência), eles podem também alterar o
bom funcionamento do aparelho.

Aparelhos de medição

Aparelhos de medição e instrumentação em geral são afetados por harmônicas, especialmente se
ocorrerem ressonâncias que afetam a grandeza medida.

Dispositivos com discos de indução, como os medidores de energia, são sensíveis a componentes
harmônicas, podendo apresentar erros positivos ou negativos, dependendo do tipo de medidor e da
harmônica presente. Em geral a distorção deve ser elevada (>20%) para produzir erro significativo.

Causas de distorção harmônica

Serão apresentados a seguir equipamentos e fenômenos que produzem contaminação harmônica no
sistema elétrico. 

Conversores 

Serão vistos aqui alguns casos típicos de componentes harmônicas produzidas por conversores
eletrônicos de potência, tais como retificadores e controladores CA.

                                                     INVERSO DE FREQUÊNCIA

Formas de onda em conversores ideais

A figura 4.7 mostra um retificador a diodos alimentando uma carga do tipo RL, ou seja, que tende a
consumir uma corrente constante, caso sua constante de tempo seja muito maior do que o período da
rede.

Na figuras 4.8 tem-se a forma de tensão de saída do retificador
corrente constante, sem ondulação sendo consumida pela carga, a forma de onda da corrente na
entrada do retificador é mostrada na figura 4.9.

As amplitudes das componentes harmônicas deste sinal sinal seguem a equação (4.1)








Reator controlado a tiristores (RCT)

A figura 4.12 mostra o circuito de um RCT, elemento utilizado para fazer controle de tensão no
sistema elétrico. Isto é feito pela síntese de uma reatância equivalente, que varia entre 0 e L, em
função do intervalo de condução do par de tiristores. A forma de onda da corrente, bem como seu
espectro estão mostrados na figura 4.13. Observe a presença de harmônicos ímpares. À medida que o
intervalo de condução se reduz aumenta a THD da corrente.



    SOFT-START UTILIZADO PARA FAZER CONTROLE DE TENSÃO EM PARTIDA DE MOTORES.



VEJA ACIMA FORMAS DE ONDAS EM PARTIDAS CONTROLADAS POR TIRISTORES


PRINCIPAIS CARGAS GERADORAS DE HARMÔNICAS
Qual é o maior contribuinte para 
Harmônicas?


Harmônicas não são novas....

Elas existem em transformadores, motores e capacitores de fp.
Cargas monofásicas não lineares como
computadores, reator eletrônico, TVs, VCRs tem
mudado o caminhos do fluxo de corrente da fonte
para a carga.

Cargas trifásicas não lineares como máq. de solda,
aquecedores elétricos, Conversores CC,
aquecedores de indução podem demandar altos
picos de corrente da fonte .

Resumo dos problemas com harmônicos

- Corrente “rms” maior gerando mais perda por efeito joule 
- Maior queda de tensão na instalação


- Distorção da onda de tensão que é entregue a outras cargas
- Piora do fator de potência real
- Aumento da corrente no neutro – desbalanço de tensão entre
neutro e terra
- Disparo indevido de dispositivos de proteção por
dimensionamento sem considerar as correntes harmonicas.

COMO RESOLVER PROBLEMAS COM HARMÔNICAS

- Procurar onde existam altos valores de corrente instantânea.
- Adicionar ou aumentar a indutancia entre fonte e
carga.
-  Aumentar a capacidade da fonte de alimentação [cabos,
proteção, etc.]
-  Uso de filtros especiais para casos mais críticos



O QUE É UM INVERSOR DE FREQUÊNCIA E QUAIS AS SUAS VANTAGENS?




Conceitodispositivo eletrônico que transforma energia elétrica CA fixa (tensão e frequência) em energia elétrica CA variável, controlando a potência consumida pela
carga.

No caso específico o inversor de frequência é utilizado para controlar a rotação de um motor assíncrono. Isto é alcançado através do controle micro processado de um circuito típico para alimentação do motor composto de transístores de potência que chaveiam rapidamente uma tensão CC , modificando o valor “RMS” e o período. Ao controlar a rotação o motor , flexibilizamos a produção da máquina que é acionada pelo motor de indução.



Vantagens de se usar inversores

Substituição de variadores mecânicos.
Substituição de variadores eletro-magnéticos.
Automatização e flexibilização dos processos fabris.
Comunicação avançada e aquisição de dados.
Eliminação de elementos de partida pesada e complicada.
Instalação mais simples.
Aumento da vida útil do maquinário.
Evita choques mecânicos( trancos) na partida.
Redução do nível de ruído.
Excelente regulação de pressão e vazão
Economia de energia ( demanda e consumo).

Lembramos que 51% da energia elétrica gasta na industria é usada para alimentar os motores. Podemos então ver a importância de se dimensionar corretamente nossos motores e de reduzir ao máximo a potência consumida otimizando os meios de controle e de processo.


Como especificar um inversor

1. Potencia e tensão do motor.
2. Tipo de máquina ( ventilador , bomba , esteira , elevador , )
3. Ciclo de trabalho da máquina ( tempo para partir , rodar e parar )
4. Quantidade de operações por hora ( ou minutos , ou dias )
5. Tempo de aceleração e desaceleração.
6. Inércia da máquina.
7. Velocidade mínima e máxima.
8. Comando de 2 fios ou 3 fios
9. Referencia de velocidade ( rede , sinal analógico , velocidade pre-selecionada , “step – logic”,velocidade fixa abaixo de 60 Hz , potenciometro ).
10. Aciona rá acima de 60 Hz ? 
11. Tipo de parada ( inercia , rampa , frenagem CC )
12. Resistor de frenagem ? Dimensionar ohms e watts .
13. Temperatura ambiente.
14. Usará contator na entrada ou na saída ?
15. Comunicação serial ( devicenet , controlnet , ethernet , DF1, RS485 , ).
16. Ruído eletromagnético ( o inversor tem marca CE , tem filtros externos ).
17. Harmônicos ( analisar o impacto do inversor na instalação elétrica ).
18. Instalação elétrica - Aterramento e blindagem de cabos.
19. Montagem em painel existente , novo , dentro de gaveta de CCM ?
20. Proteção elétrica ( fusível , disjuntor , nível de curto – circuito ).

Proteção Elétrica de um sistema com inversor




A placa Eletrônica de Controle contêm os circuitos responsáveis pelo comando, monitoração e proteção dos componentes da potência.
Este cartão contêm também circuitos de comando e sinalização que serão utilizados pelo usuário de acordo com a aplicação, como saídas a relés e entradas digitais.


Sobrecarga : Limitando o valor “rms” num máximo de 1,5 a 2 vexes o valor nominal, calculando o aquecimento do motor ( I2t ) instantaneamente, levando em consideração a velocidade do motor , pois em baixas rotações a auto ventilação não permite correntes altas no motor.
Quando ocorrer o desarme por sobre corrente deve – se observar se foi devido a aquecimento do motor ou do próprio inversor .
Em caso do inversor , verificar se a circulação de ar está livre ou se o ventilador está funcionando.
Em caso do motor aguardar alguns minutos até o inversor permitir o religamento
Ele, normalmente , aguarda um tempo para resfriamento do motor. Porem isto pode ser “zerado” para que permita a partida imediata do motor, porém muito cuidado para não queimar o motor.



Curto Circuito: Se um curto acontecer na saída do inversor ( nos terminais do motor ou nos cabos entre inversor – motor) a sobre corrente é detectada internamente no inversor e um comando para bloquear os IGBT´s é dado. O curto é eliminado em micro segundos protegendo o inversor . Esta breve corrente é principalmente alimentada pelos capacitores usados com os retificadores e se torna imperceptível pela rede elétrica .
Portanto , se torna importante que se dimensione o inversor dentro do nível de curto circuito no ponto onde está instalado .Caso ele não atenda , pode-se colocar um indutor na entrada e/ ou na saída , que além de diminuir os ruídos , ajudam a diminuir o nível de curto . Outra alternativa é colocar fusível na saída do inversor com capacidade de suportar o curto .


Aquecimento do inversor:  O inversor tem um sensor no dissipador traseiro para detectar este aquecimento, e em caso de excesso, desliga o inversor. O seu mau funcionamento pode causar o desligamento indevido, necessitando ser trocado.Verificar também , se a ventilação está funcionando corretamente – bloqueio do fluxo de ar ou ventilador danificado podem fazer o inversor parar.

Queda de tensão da rede: Esta proteção é necessária para evitar um mau funcionamento dos circuitos de controle e o motor e para evitar a sobrecorrente quando a rede volta a tensão nominal. Geralmente , um valor de tempo de tolerância pode ser ajustado no inversor para evitar desligamentos indevido ( na faixa de alguns segundos – Ride Through) é usada para evitar danos aos seus componentes de força .

           O IHM  MOSTRA UM ERRO ( E06 ) DEVIDO
           A FALTA OU INTERRUPÇÃO INADEQUADA 
           DE TENSÃO EM UMA  ENTRADA DIGITAL
           DA PLACA DE CONTROLE.
                                                    
Falta de fase :  Os inversores estão providos dessa proteção, atuando instantaneamente ao falta uma fase na rede elétrica. Evitando assim a queima do motor.

Fuga à terra : Proteção quanto a baixa isolação do motor, cabos ou do próprio inversor. Observar que esta medição se dá em alta frequência e pode causar confusão nas medições de isolação que normalmente são feitas com aparelhos CC ( megôhmetro ) .

Logo abaixo download do manual do usuário do inversor Weg cfw 09 e a apostila de conceitos e técnicas de aplicação de um inversor.